segunda-feira, 11 de março de 2024

O perdão é uma promessa ? Perdão não é o mesmo que confiança?

 O perdão é uma promessa

Quando você promete imputar o seu perdão, você credita a conta do seu ofensor com seu perdão, muito semelhante ao que Cristo fez creditando sua conta celestial com a justiça dEle. Você se esforçará para pensar o que é melhor acerca dele, orar por ele e falar bem dele, se possível. Essa promessa, até certo ponto, pode ser feita na forma de um compromisso pessoal em seu coração, mesmo que seu ofensor não reconheça seus pecados contra você. É a isso que às vezes nos referimos como "perdoar alguém em seu coração" (Mc 11.25).

Se ele admitir seus pecados e pedir o seu perdão, você fará essa promessa a ele no momento em que verbalmente conceder o perdão. Nesses casos, você estará fazendo a ele duas promessas adicionais. O de "não lembrar mais de seus pecados" é uma promessa implícita de nunca trazer à tona a ofensa. Se você o perdoou, não há necessidade de discutir a respeito. Pecados similares que ele possa vir a cometer no futuro podem exigir novas confrontações. Além disso, quando você concede o perdão verbalmente a alguém, você está prometendo não fazer fofoca a respeito da ofensa.

Perdão não é o mesmo que confiança.

Se alguém pecar contra você, cabe a você como cristão perdoar do mesmo modo como foi perdoado por Deus em Cristo (Mt 18.21-15). Entretanto, cabe à pessoa ganhar de volta a confiança que perdeu como resultado do pecado. O perdão deve ser imediato. A confiança pode levar tempo (Mt 25.14-31; Le 16.10-12). Negar, porém, a confiança, depois de ter sido merecida, não é amoroso. A Bíblia diz:

"O amor... tudo crê" (1 Co 13.7). Isso significa que se amamos alguém, na falta de provas concretas do contrário, faremos a melhor interpretação possível do que ele faz. Neste caso, acreditar que o fruto do arrependimento que ele produziu é genuíno. E, se você não é capaz de rapidamente confiar em seu ofensor, você precisa confiar em Deus, tanto para operar através da pessoa em sua vida, como para proteger você das consequências que você considera que possam te alcançar.

O perdão não foca nas causas secundárias, mas na soberania de Deus. José teve que aprender a confiar na soberania de Deus. Às vezes pensamos que quando José foi vendido por seus irmãos como escravo (as causas secundárias de seu julgamento) de algum modo ele disse a eles:

"Não se preocupem rapazes, vocês estão fazendo isso por maldade, mas algum dia vocês verão que Deus tornará isso em bem", após essa declaração cantou de modo alegre Rm 8.28 ("Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem"). Mas o que realmente aconteceu foi revelado anos mais tarde por seus irmãos:

Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos; por isso, nos vem esta ansiedade. (Gn 42.21)

Em última análise, Deus poderia ter evitado as ofensas que nos tentaram à amargura - mas Ele não o fez. O perdão não foca no pecado do ofensor, mas em como Deus (em Sua sabedoria e bondade) pode usar a ofensa para a Sua glória. Devemos considerar que Deus está mais interessado em nossa reação à ofensa do que na ofensa em si." Isso nos leva a outro problema: amargura em relação a Deus. Devemos pensar biblicamente sobre o perdão!

Depois de perdoar, lembre-se de que fez uma promessa ao seu ofensor. Não permita que aquela semente de mágoa se desenvolva em uma raiz de amargura ao alimentar em seus pensamentos. Ore por ele (ofensor) e coloque sua mente no padrão de pensamento de Fp 4.8: "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é res-peitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento".

Em vez de rever imagens mentais dolorosas do que aconteceu ou fazer planos de vingança para o futuro (ver o rosto do seu ofensor num alvo de dardos, ou em uma bola de futebol que você está prestes a chutar com força), imagine seu rosto com as palavras: "Eu te perdoei" impressas com realce no meio da imagem. Coloque sua imaginação para funcionar em Fp 4.8. Você ficará surpreso com o quanto se sentirá melhor, como também com a rapidez que esquecerá quando perdoar verdadeiramente. Esquecer é resultado de perdoar, não o meio para isso. Esse é o passo final do processo, não o primeiro.

Mantenha em mente que não é hipocrisia sentir uma coisa e fazer outra (algo totalmente contrário aos seus sentimentos). Provavelmente você fez isso como a primeira coisa desta manhã quando saiu da cama. Hipocrisia é profesSar uma coisa e fazer outra. Se disser aos seus amigos o quanto gosta de levantar cedo, e tendo a possibilidade de levantar cedo não o fizer, isso sim seria hipocrisia.

Entre a carne e o Espírito

 Entre a carne e o Espírito galatas 5.16-18

A vida crista é um campo de batalha no qual se trava uma guerra sem trégua entre a carne e o mas deleite na santidade; é a liberdade do pecado, não a liberdade

1. Como vencer a batalha interior (5.16). A "car-ne" representa o que somos por nascimento natural, e o "Espírito", o que nos tornamos pelo novo nascimento, o do Espírito. A carne tem desejos ardentes que nos arrastam para longe de Deus e levam à morte. O grego epithumia, "concupiscência", geralmente designa o anseio por coisas proibidas.

A única maneira de triunfar sobre esses apetites é andar no Espírito. Se alimentarmos a carne, fracassaremos irremediavelmente. Porém, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos esses apetites desenfreados da carne.

2. Como entender a natureza dessa batalha interior (5.17). Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da sua presença. No coração ainda se trava uma guerra permanente entre a carne e o Espí-rito. Alimentar, portanto, a carne é ultrajar, entristecer e apagar o Espírito. Precisamos sujeitar a vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à carne. William Hendriksen fala sobre essa batalha para três grupos de pessoas: a) o libertino não tem esse conflito porque segue inclinações naturais; b) o legalista que confia em si mesmo não consegue vitória nesse conflito; c) o crente experimenta um conflito agoni-zante, mas alcança a vitória, pois o Espírito que nele habita o capacita a triunfar.

3. Como viver livre da condenação do preceito exterior (5.18). Estar sob a lei significa derrota, escravidão, maldição e impotência espiritual, porque a lei não pode salvar (3.11-13,21-23,25; 43,24,25; 5.1). É o Espírito que nos põe em liberdade (4.29; 5.1,5). A lei exige de nós perfeição e por isso mesmo nos condena, pois não somos perfeitos. Estar sob a lei é estar sob maldição, pois maldito é quem não persevera em toda a obra da lei para cumpri-la. Porém, quando somos guiados pelo Espírito, já não estamos debaixo da tutela da lei e, por isso, somos livres

Fuja das obras da carne

 Fuja das obras da carne Gálatas 5.19-21

Paulo lista as obras da carne (e coisas seme-(hantes a estas [5.21]) na vida dos que não herdarão o Reino de Deus. Essas obras podem ser classificadas em cinco grupos.

1. Pecados sexuais - prostituição, impureza, lascívia (5.19). Prostituição indica pecado na área das relações sexuais. Impureza indica profanação geral da personali-dade, manchando toda esfera da vida, Lascívia indica amor ao pecado tão despreocupado e audacioso que a pessoa deixa de se preocupar com o que Deus ou os homens pensam de suas ações.

2. Pecados religiosos - idolatria, feitiçarias (5.20a). Esses pecados falam de ofensa a Deus, pois são uma perversão do culto. Lightfoot diz que se "idolatria" é o impudente culto prestado a outros deuses, "feitiçarias" é o intercâmbio secreto com os poderes do mal.

3. Pecados sociais - inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas (5.20b,21a). Esses oito pecados envolvem transgressões ligadas aos relacionamentos. Inimizade é uma atitude mental que provoca e afronta outras pessoas. Porfias e ciúmes referem-se a rivalidades. Iras são acessos de raiva, e discórdias dizem respeito às ambições interesseiras e egoístas que criam divisões na igreja. Dissensões sugere divi-são, e facções, rompimentos causados por um espírito partidário. Invejas indicam rancores e o desejo profundo de ter aquilo que os outros têm.

4. Pecados pessoais - bebedices, glutonarias (5.21b). Esses têm a ver com a intemperança ou o abuso e a falta de domínio próprio na área de comida e bebida.

5. O julgamento para os que vivem na carne (5.21c). Paulo não está falando de um ato pecaminoso, mas sim do hábito de pecar.

Os que praticam o pecado não herdarão o Reino de Deus. Aqueles que vivem na prática do pecado e não se deleitam na santidade nem mesmo encontrariam ambiente no céu

O que significa que "A boca fala do que está cheio o coração "?

 (Lucas 6:45)

Este versículo é do que às vezes é chamado de Sermão da Planície. Nesta parte do sermão, Jesus nos diz como podemos julgar o caráter de uma pessoa. Fazemos isso da mesma maneira que olhamos para uma árvore ou planta para saber se é uma planta “boa” ou não: “— Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Porque cada árvore é conhecida pelos frutos que produz. Porque não se colhem figos de ervas daninhas, nem se apanham uvas dos espinheiros” (Lucas 6:43–44). Se você quer saber que tipo de árvore ou planta você tem, basta olhar para o seu fruto. Uma pereira soa como uma boa árvore, mas, se você tiver uma pereira Bradford, obterá peras pequenas e não comestíveis do tamanho de bolinhas de gude. O que está dentro – do que a árvore é realmente “feita” – determinará que tipo de fruto ela produzirá. Jesus diz que o mesmo se aplica às pessoas.

Em Lucas 6:45, Jesus diz que as pessoas podem ser julgadas pelo que dizem e fazem porque essas coisas revelam o que realmente está dentro da pessoa: “A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração.” Se você quer saber o que há dentro de uma pessoa, simplesmente observe suas ações; ouça o que sai de sua boca regularmente. Isso não é ser crítico; isso é ser realista.

Se uma pessoa é zangada, rude, obscena ou imoral regularmente, você pode ter certeza de que é assim que ela “ épor dentro”. Se uma pessoa é consistentemente gentil, encorajadora e educada, então você pode ter certeza de que é assim que ela “ épor dentro”. Claro, é possível que alguém coloque uma fachada para enganar os outros a respeito de seu caráter, mas numa situação que ela é provocada, eventualmente o que está dentro vai sair. A boca fala da abundância - do transbordamento - do coração.

O principal ponto de aplicação das palavras de Jesus parece ser este: quando vemos o mal consistentemente saindo de uma pessoa em palavras e ações, não devemos nos enganar dizendo: “Acho que ele realmente é uma boa pessoa por dentro; só tem alguns maus hábitos” ou “É assim que ele fala, mas não é realmente assim” é o seu jeito. Quantas pessoas se apaixonam e se casam, pensando que o mau comportamento que observaram é apenas uma aberração? Quantos pais se enganam quanto ao estado espiritual de seus filhos, pensando que são verdadeiros crentes por causa de uma profissão de fé infantil, ainda que suas vidas demonstrem um coração maligno?

Quando Jesus disse: “a boca fala do que está cheio o coração”, Ele quis dizer que palavras e ações pecaminosas consistentes são indicativas de um coração pecaminoso. Em vez de sempre dar às pessoas “o benefício da dúvida”, faríamos bem em reconhecer o “fruto” que observamos e responder de acordo. Ser um “inspetor de frutas” não significa que nos consideramos sem pecado; significa que somos realistas sobre em quem confiar e quem permitimos que exerça influência sobre nós e sobre as pessoas pelas quais somos responsáveis.

Para este mesmo tema Billy Graham diz:

“Se você pudesse comer as suas palavras, a sua alma seria nutrida ou envenenada

A reflexão proposta por Billy Graham nos revela um paradoxo espiritual e psicológico profundamente enraizado na experiência humana. A linguagem, carregando em si o

dualismo eterno do veneno e do antídoto, da maldição e da bênção, possui um poder inegável.

No cerne de nossa condição espiritual, as palavras não são meros sons ou caracteres; elas são a expressão vibrante de nossa essência mais profunda. O que dizemos é, de fato, um reflexo do que somos, um eco de nosso estado interior. Ao nos confrontarmos com a provocação de Graham, somos impelidos a uma introspecção profunda: nossas palavras estão alinhadas com a verdade de quem somo ou desejamos ser?

As palavras que escolhemos podem tanto edificar quanto destruir, não apenas no mundo exterior, onde o impacto é evidente, mas dentro de nós, têm um efeito ainda mais perturbador. Aqueles que encontram prazer em destilar venenos nas redes sociais, ou em qualquer esfera de interação, estão, sem perceber, metaforicamente, ingerindo esse mesmo veneno, permitindo que ele percorra suas veias espirituais, contaminando a fonte de onde emana a vida.

Ao nos voltarmos para dentro, para o silêncio sagrado de nosso ser, encontramos a oportunidade de transformação. A psique humana, moldável e resiliente, oferece o caminho da metamorfose, da transmutação interna que pode transfigurar o fel em doçura. Aqui jaz um profundo ato de amor-próprio e cura: a decisão consciente de filtrar as palavras, de selecionar aquelas que carregam luz e não sombras.

Quando Jesus diz que "a boca fala do que o coração está cheio" (Mateus 12:34), Ele nos desafia a olhar não só para o que nossas palavras dizem sobre nós, mas também para o que elas fazem a nós. Um coração repleto de amargura, medo ou desesperança inevitavelmente transbordará em palavras que refletem essas mesmas sombras. No entanto, ao enriquecermos nosso coração com compreensão, perdão e amor, nossas palavras podem se tornar instrumentos de salvação — primeiro para nós mesmos e, em seguida, para o mundo.

A sabedoria desta perspectiva reside em reconhecer que estamos em constante diálogo com nossa alma. Ao nos expressarmos, estamos não apenas comunicando algo aos outros, mas também nos definindo, reforçando ou transformando aquilo que somos. A palavra é o veículo pelo qual a alma respira, e se o que dizemos pode realmente nos condenar, com essa mesma força, também pode nos elevar a níveis mais altos de existência.

Compreendendo a liberdade cristã


Compreendendo a liberdade cristã - Galatas 5.13-15

Há dois axtremos perigosos com respeito a liberdade cristã: o legalismo e a licenciosidade.

Há quatro verdades sobre a liberdade crista.

1. Não é uma licença para pecar (5.13a). Fomos chamados para a liberdade, e não para escravidão do pecado. Liberdade crista é viver em novidade de vida; não é licenciosi-dade, mas deleite na santidade; é a liberdade do pecado, não a liberdade para pecar.

É uma liberdade irrestrita para aproximar-se de Deus, e não para chafurdar no egoísmo.

2. Não é uma permissão para explorar o próximo (5.13b). O amor deve regular nossos rela. cionamentos. Quem ama não explora, mas serve. Somos livres para amar e servir, e não para explorar o próximo. Como na parábola do bom samaritano, o cristão não agride o próximo nem passa de largo para não se envolver com os feridos, caídos à margem da estrada; mas vê, aproxima-se e cuida do pró-ximo, ainda que seja seu inimigo. Temos de respeitá-lo como pessoa e nos dedicar a ser-vi-lo. Liberdade cristã é serviço, não egoísmo.

3. Não é uma autorização para ignorar a lei (5.14)

Somos libertos da condenação da lei, mas não dos seus preceitos. Não nos aproximamos mais da lei com o propósito de sermos aceitos por Deus; mas porque já fomos aceitos em Cristo, aproximamo-nos da lei para obedecer a Deus. John Stott destaca que, embora não possamos ser aceitos por Deus por guardarmos a lei, depois que somos aceitos continuamos guardando a lei por causa do amor que temos a Deus, que nos aceitou e nos deu Seu Espírito para nos capacitar a guardá-la. A síntese da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo.

4. Não é uma chancela para destruir o próximo

(5.15). Somos livres para amar e servir uns aos outros, e não para devorar e destruir uns aos outros. Nas igrejas da Galácia, os legalistas e os libertinos destruíram a comunhão.

Devemos agir como irmãos, e não como feras ou como cães e gatos sempre envolvidos em conflitos. É o Espírito da vida que habita em nós, e não o instinto da morte

domingo, 10 de março de 2024

GRAÇA E LEI (Jo 8:11) - Jesus quer falar com você agora!!!!

 

"Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

A Festa dos Tabernáculos terminara, mas Jesus aproveitou a oportunidade para ministrar aos peregrinos que se encontravam no templo. Durante a festa, a notícia espalhou-se rapidamente: Jesus não apenas freqüentava o templo, como ensinava publicamente naquele local (ver Lc 21:37), no pátio das mulheres, onde ficava a tesouraria do templo (Jo 8:20). Os escribas e fariseus sabiam onde ele estaria, de modo que se uniram para tramar contra ele.

Dificilmente um casal era pego no ato de adultério. Imaginamos se o homem (que, em momento algum, foi acusado!) fazia parte da conspiração. De acordo com a Lei, ambas as partes culpadas deveriam ser apedrejadas (Lv 20:10; Dt 22:22) e não apenas a mulher. É um tanto suspeito que o homem tenha sido liberado. Os escribas e fariseus trataram a questão de maneira brutal, interrompendo Jesus enquanto ensinava e empurrando a mulher para o meio do povo.

É evidente que os líderes judeus tentavam colocar Jesus em uma situação sem saída. Se ele dissesse que a mulher deveria ser apedrejada, perderia sua reputação de

"amigo dos publicanos e pecadores". Sem dúvida, o povo o abandonaria e não aceitaria sua mensagem bondosa de perdão.

Mas, se dissesse que a mulher não deveria ser apedrejada, estaria transgredindo a Lei abertamente e poderia ser preso. Em mais de uma ocasião, os líderes religiosos tentaram jogar Jesus contra Moisés e, nessa situação, pareciam ter encontrado uma provocação perfeita (ver Jo 5:39-47; 6:3255;7:40ss)

Em vez de julgar a mulher, Jesus julgou os juízes! Certamente se indignou com a maneira como a trataram e com o fato de esses hipócritas condenarem outra pessoa em lugar de julgarem a si mesmos. Não sabemos o que estava escrevendo no chão de terra do templo. Será que simplesmente lembrava àqueles homens que os Dez Mandamentos haviam sido escritos "pelo dedo de Deus" (Êx 31:18), e que ele era Deus?

Ou, quem sabe, os lembrava da advertência em Jeremias 17:13?

De acordo com a Lei judaica, os acusadores deveriam atirar as primeiras pedras (Dt

17:7). Jesus não pedia que homens sem pecado julgassem a mulher, pois ele era a única Pessoa sem pecado ali presente. Se nossos juízes tivessem de ser perfeitos, os bancos dos tribunais estariam vazios. Antes se referia ao pecado específico da mulher, que poderia ser cometido tanto com o corpo quanto com o coração (Mt 5:27-30). Condenados pela própria consciência, os acusadores saíram de cena em silêncio, deixando Jesus a sós com a mulher. Ele a perdoou e advertiu a que não pecasse mais (Jo 5:14).

Não se deve interpretar esse acontecimento como um exemplo de que Jesus não tratava o pecado com rigor ou de que desrespeitava a Lei. A fim de perdoar essa mulher, um dia Jesus teve de morrer por seus pecados. Além disso, Jesus cumpriu a Lei com tanto zelo que ninguém pôde acusá-lo justificadamente de opor-se a seus ensinamentos nem de menosprezar seu poder. Ao aplicar a Lei à mulher e não a si mesmos, os líderes judeus transgrediam tanto a letra quanto o espírito da Lei - e pensavam estar defendendo Moisés!

A Lei foi dada para revelar o pecado (Rm3:20), e é preciso ser condenado pela Lei antes de ser purificado pela graça de Deus.

A Lei e a graça são complementares, não concorrentes. Ninguém jamais foi salvo por guardar a Lei, mas ninguém foi salvo pela graça sem que antes tivesse sido convencido de seus pecados pela Lei. Antes de haver conversão, é preciso haver convicção da culpa.

O perdão de Cristo em sua graça também não é uma desculpa para pecar. Sua ordem foi: "Vai e não peques mais". "Contigo, porém, está o perdão, para que te temam" (SI 130:4). Essa experiência do perdão repleto de graça deve servir de motivação para o pecador penitente viver em santidade e em obediência para a glória de Deu

DESCONTENTAMENTO UMA VISAO BIBLICA

 

Essas pessoas vivem se queixando, descontentes com a sua sorte, e seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse.

Há três pecados que permanecem detrás do descontentamento: orgulho, rebeldia e descrença. Deve se lembrar que estes foram os pecados originais do diabo e seus anjos e por isso são pecados que vêm do próprio inferno e acabam “infernizando a vida das pessoas descontentes”. Logo, vejamos como eles estão associados ao descontentamento.

1. O descontentamento é uma manifestação de orgulho

Judas escreve, em sua carta, que os ímpios “são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas próprias paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias” (Judas 16). Dessa forma, o escritor bíblico conecta descontentamento com arrogância e orgulho.

De fato, o descontentamento flui de um coração que diz: “Eu mereço melhor do que Deus me deu”! E segundo as Escrituras, orgulho foi o pecado original do próprio Satanás (cf. 1Timóteo 3.6). Nesse sentido o puritano Thomas Boston disse: “O diabo é a criatura mais orgulhosa e mais descontente porque o orgulho e o descontentamento ficam sob um mesmo teto”.

A satisfação vem de saber que em Jesus Cristo você tem tudo que precisa. Além do mais, o cristão tem consciência de que Deus lhe deu abundantemente mais do que ele poderia merecer. O que o ser humano merece é o inferno na terra seguido pelo inferno na eternidade. Mas por seu amor e graça, Deus entregou o Seu Filho em favor daqueles que nele creem.

Também, as Escrituras ensinam que Deus nos abençoou com toda benção espiritual em Cristo. Ele nos concede tudo o que é necessário para a vida e piedade (2Pedro 1.3). Em todas as circunstâncias o amor e o cuidado de Deus sustentam seus filhos e lhes concede sua companhia.

2. O descontentamento é uma expressão de rebeldia

No Antigo Testamento, temos a história de Jó, um homem bom e piedoso que foi grandemente abençoado por Deus. Sua família foi abençoada, seu negócio foi abençoado e sua influência se estendia

sobre as pessoas que o conheciam. No entanto, em determinado dia, após uma série de desastres, ele perdeu tudo e em meio à sua dor Jó disse: “O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor”! (Jó 1.21).

O problema é que a pessoa descontente sempre diz algo diferente daquilo que Jó proferiu. O descontente geralmente verbaliza: “O Senhor deu, mas ele deveria ter dado mais”, ou “o Senhor tirou o que eu tinha, e ele não deveria ter feito isso”. Em outras palavras, o descontente se coloca como juiz do próprio Deus. Ele geralmente coloca deus no banco dos réus e dita o veredito de condenação!

O fato é que o descontentamento é uma expressão de rebelião contra Deus. O apóstolo Paulo questiona veementemente essa atitude. Em Romanos 9.20 ele diz: “quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim”? Em outras palavras, essa atitude não é apenas orgulhosa, mas rebelde, pois se recusa a aceitar o que Deus concede! É como se a pessoa estivesse dizendo: “Se não for o eu quero, então não aceito”!

3. O descontentamento é fruto da incredulidade

Essa verdade é claramente ilustrada por um evento registrado em Êxodo 17. Naquela ocasião, o povo de Deus havia sido grandemente abençoado com a libertação do cativeiro egípcio e, por Deus, era conduzido rumo à Terra Prometida. Naquele percurso, Deus alimentou o seu povo com o “maná” no deserto. Todavia, quando a multidão chegou a um lugar onde não havia água, a maioria reagiu dizendo: “está o Senhor no meio de nós ou não”? (Êxodo 17.7).

Essa história é muito interessante, pois o povo de Israel havia sido grandemente abençoado por Deus e ainda assim não reconheceu o cuidado do Senhor. Não é interessante observar que aqueles que são mais abençoados tendem a murmurar e se sentirem descontentes quando suas expectativas não são satisfeitas? Talvez porque tenham recebido tanto e estão tão acostumados a

grandes quantidades que não possuem qualquer paciência ou perseverança durante as estações de escassez.

Também é importante lembrar que o povo se inquietou com a falta de água, o que poderia ser uma preocupação legítima, mas a reação daquelas pessoas foi totalmente pecaminosa. De fato, há momentos na vida quando podemos ter preocupações legítimas sobre como Deus irá fornecer o que precisamos. O problema é que a preocupação legítima dos israelitas se transformou em incredulidade, pois eles questionaram a realidade de Deus entre eles. Semelhantemente, em momentos de descontentamento é provável que os servos do Senhor questionem o seu amor, sua providência e o seu cuidado. Logo, descontentamento pode ser, também, expressão de incredulidade.

UMA REFLEXAO - JEREMIAS 29.11-12

 

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvi­rei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração.



Como Isto se Aplica a Você

Então, como esta passagem se aplica a você? Bem, Jeremias 29.11 deve ser lido no contexto de todo o Livro de Jeremias, e o Livro de Jeremias deve ser lido no contexto da história de Israel. Ainda mais, todo o livro de Jeremias e toda a história de Israel devem ser lidos no contexto dos propósitos de Deus em Jesus Cristo. Todas as promessas de Deus “tem nele o sim” (2 Co 1.20). Se estamos em Cristo, então todos os horrores do juízo proclamado pelos profetas caíram sobre nós, na cruz, onde nos unimos a Cristo, ao Ele suportar a maldição da lei (Gl 3.13). E, se estamos em Cristo, todas as bênçãos prometidas aos descendentes de Abraão são agora nossas, pois estamos unidos ao herdeiro de todas estas promessas (Gl 3.14–29).

Por meio de Jeremias, Deus está dizendo aos exilados que sua dispersão não é acidental. Deus tem planos para eles, planos que incluem até o que parece caótico e aleatório. Além disso, estes planos significam que o exílio não é permanente. Isto não é por causa da fidelidade deles, mas por causa da promessa de Deus a Abraão, uma promessa que foi dada na expectativa do filho de Abraão, o Senhor Jesus (Rm 4). E, de fato, os exilados não ficaram dispersos. Deus os restaurou a seus lares. Por quê? Ele os trouxe para casa porque “deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Rm

E Deus nos diz que, por estarmos em Cristo, somos estranhos e exilados neste tempo entre os tempos (Hb 11.13; 1 Pe 2.11). Nós sofremos, sangramos, morremos e somos tentados a pensar que isto significa que Deus nos abandonou. Concluímos que somos “como ovelhas para o matadouro” (Rm 8.36). Não é assim, nos diz o conteúdo do evangelho.

O Plano de Longo Prazo de Deus para Você

Deus tem um plano para você, em Cristo. Este plano não é para a sua destruição, mas para o seu bem-estar. Você está sendo conformado à imagem de Cristo ao compartilhar seu sofrimento e seu estado final não é um de vítima, mas de vencedor, um co-herdeiro com o Rei (Rm 8.12–39).

Isto significa que seus planos podem se evaporar. Seus sonhos podem ser esmagados. Sua vida pode acabar. Mas o Deus que ressuscitou a Jesus dentre os mortos o levantará junto com Ele.

Como você pode saber isto? Pode fazê-lo da mesma maneira como fizeram os exilados dos velhos tempos: não olhando para sua condição presente, mas pela Palavra de Deus, seu juramento e sua aliança. Isto significa que seus planos podem se evaporar. Seus sonhos podem ser esmagados. Sua vida pode acabar. Mas o Deus que ressuscitou a Jesus dentre os mortos o levantará junto com Ele.

Jeremias 29.11 se aplica a você? Se você está em Cristo, você pode ter certeza disto. A passagem não promete a você o tipo de futuro que a cultura americana valoriza, e talvez até prometa um futuro que o faria tremer se você o visse em uma bola de cristal. A curto prazo, pode ser que você sofra. Mas a longo prazo, seu futuro é endossado por Cristo. Esse é um futuro para o seu bem-estar, e não para o mal; um futuro de esperança, não de desespero.

A ação terapêutica do perdão

 "As leis de Deus são placas sinalizadora fincada em ambas as margens da estrada da vida para nos proteger de algum acidente talvez desastroso". Bills Granhm

Ez.16.52 - Aguente a sua vergonha, pois você proporcionou alguma justificativa às suas irmãs. Visto que os seus pecados são mais detestáveis que os delas, elas parecem mais justas que você. Envergonhe-se, pois, e suporte a sua humilhação, porquanto você fez as suas irmãs parecerem justas.

O perdão elimina as consequências dos erros acometido a outrem? Não! O perdão de Deus exclui aquele intervalo amargo provocado pelas consequências naturais do pecado confessado e perdoado? Não!

O senhor aconselha seu povo (Jerusalém) a suportar e aguentar calado o peso da vergonha e da humilhação que se abateram sobre ela quando era esposa infiel( Ez 16.52). Tamanha foi o seu pecado que ela tinha de passar por essa situação difícil sem se zangar, sem reclamar, sem se revoltar. Muitas vezes erramos, pecamos contra o nosso amigo, nosso irmão, nosso cônjuges e não aceitamos a passar por vergonha quando somos confrontados.

Davi, o homem segundo o coração de Deus, foi plenamente perdoado por Deus , mas o seu mau exemplo impediu que ele punisse seu filho mais velho(Aminon) por ter estrupado a própria irmã(Tamar). E porque não fez nada, Absalão, o irmão por parte de pai e mãe da moça violentada , mandou matar o criminoso. Mais ainda, o pecado de Davi abalou sua reputação perante o povo, facilitando a revolução armada contra ele feita pelo próprio filho e o seu conselheiro palaciano. Os escândalos palacianos fizeram Davi sofre muito, mas ele suportou e aguentou tudo sem abrir a boca contra Deus, que já lhe havia dado perdão e purificação. A certeza do perdão fez com que Davi superasse o período sombrio.

Muitas pessoas são insensíveis ao pecado e ao perdão e essa insensibilidade em grande parte e devido ao descumprimento da palavra de Deus e das orientações por ele dada. O Senhor nos ordenou na mensagem da grande comissão ( Lc 24.47) que seja " sobre perdão e arrependimento". Hoje os ministros e líderes religiosos estão abandonando essa mensagem. Se os ministros mantivesse a mensagem dos profetas um número maior de pessoas passariam a sentir necessidade de perdão.

Além da omissão existe problema de distorção. Hoje quase não se fala em perdão - fala-se mais em cura. Quase não se fala em pecado - fala-se mais em doença. Quase não se fala em

pecamiminosidade - fala-se e prosperidade. Somos curado, mais não perdoados. Somos livre do câncer, mas não da culpa. Se a cura pressupõe a doença, o perdão pressupõe a culpa. Negar a doença não leva a cura, negar a culpa não leva ao perdão. Em alguns casos a reemissão da culpa pode contribuir para a reemissão da doença. Em suma, o perdão em tudo leva vantagem!

Há distúrbio emocionais bastante desagradáveis, que são provocados por desacertos, por equívocos, por escorregão Morais, por omissões e transgressões. O bom comportamento é um ótimo protetor do bem estar, da saúde emocional. Alias, Blilly Graham uma vez disse: As leis de Deus são placas sinalizadora fincada em ambas as margens da estrada da vida para nos proteger de algum acidente talvez desastroso.

O perdão é tão saudável que acaba com alguns distúrbio emocionais causados pelo pecado, como por exemplo, o autonojo, o auto-ódio e a auto-depreciação, entre outros sintoma

sexta-feira, 8 de março de 2024

UMA REFLEXAO - Salmo 3

 

Este Salmo foi escrito por Davi na ocasião em que ele fugia de seu filho Absalão. Imaginem a dor de um pai ao ter que fugir da ira de seu próprio filho. Absalão tomou o trono de Davi e cometeu verdadeiros absurdos para alcançar este objetivo. Seus desígnios foram tão perversos que nem a vida de seu idoso progenitor seria poupada. As tragédias familiares fizeram da casa de Davi um espetáculo para Israel e motivo de escárnio na boca dos que diziam do rei: “Não há em Deus salvação para ele” (v.2). “Porém” (v.3), Davi confiava em Deus e em Sua provisão.

Percebam que Davi iniciou o Salmo com uma exclamação: “Senhor, como tem crescido o número dos meus adversários!” (v.1). Ele entrou em diálogo com Deus, externando primeiramente o que estava sentindo e vivendo naquele momento. Seus inimigos se multiplicavam e ele não se referia a inimigos pagãos, mas do seu próprio povo (v.6) e de sua própria família. A rebelião de Absalão havia provocado uma divisão entre os filhos de Israel, de modo que muitos se levantaram contra Davi.

“Porém” (v.3), Davi tinha o Senhor por escudo e salvação. Ele clamava e Deus o ouvia. Ele deitava e dormia sossegado. Ele acordava, pois Deus o sustentava. Ele não temia seus inimigos, porque o Senhor era o seu Deus, o Justo Juiz. Davi havia experimentado a graça e o perdão de Deus, e por mais que fossem numerosos os seus adversários, nada poderia apagar de seu coração a esperança que o motivava a prosseguir olhando para o alto.

Talvez você esteja passando por um momento de adversidade que envolve pessoas que deveriam te amar, mas que decidiram te perseguir. Mas não fomos deixados sem aviso quanto a isto: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm.3:12). Abra o seu coração ao Senhor! Conte a Jesus o que você está sentindo. Lembre-se que ninguém melhor do que Ele para entender o que é ser perseguido e acusado injustamente. Não use a sua voz para revidar o mal, mas para clamar ao Senhor “e Ele do Seu santo monte” (v.4) irá lhe responder. Não perca noites de sono por causa daqueles que não lhe querem bem, mas confie que assim como Deus lhe acordou nesta manhã, Ele Se levantará para salvá-lo (v.7). Vigiemos e oremos!

UMA REFLEXAO DO SALMO 131

 

Se havia alguém em Israel com motivos de sobra para se orgulhar era DAVI. Oitava filho de um cidadão comum, Davi começou trabalhando como simples pastor de ovelhas e, no entanto, se tornou o maior rei de Israel. Soldado corajoso, general e tático talentoso e servo sincero de Deus, foi Davi quem derrotou os inimigos de Israel, expandiu as fronteiras de sua terra e ajuntou riqueza que Salomão usou para construir o templo. Escreveu quase metade dos salmos e, apesar de (como nos) ser culpado de desobedecer ao Senhor, sempre se arrependeu e buscou o perdão misericordioso de Deus. Foi por amor a Davi que o Senhor manteve acesa sua lâmpada em Jerusalém durante os anos de decadência em Judá, E FOI PELA LINHAGEM DE DAVI que JESUS CRISTO veio ao mundo. Com exceção de algumas ocasiões em que cedeu a seus desejos egoístas , Davi andou com o Senhor mantendo sempre um espirito humilde. Neste Salmo curto, fala dos elementos essenciais de uma vida que glorifica a Deus e que realiza sua obra aqui na terra.

Três pontos podemos aprender com Davi, neste Salmo:

1. HONESTIDADE- ACEITAR A SI MESMO (Sl 131.1)

Sl 131.1 - Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.

Movemo-nos em direção à maturidade, estagio no qual reconhecemos honestamente nossa identidade, compreendemos nossas capacidades, aceitamos essas duas coisas e vivemos para a glória de. Rejeitar ou odiar a si mesmo, iludir-se a respeito de si mesmo e invejar a outros são sinais de imaturidade. Davi havia observado alguns comportamentos desse tipo em seu filho, Absalão, e também no rei Saul. Um coração orgulhoso recusa-se a encarar a realidade. Um conceito elevado de nós mesmo ( “olhar altivo” ) encobre a inadequação, e as ambições arrogantes( andar “ à procura de grande coisas” ) podem impressionar algumas pessoas, mas terminam em fracasso vergonhoso ( Jr 45.5 - E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores. ). Quando aceitamos a nós mesmo e nossas circunstancias e agradecemos a Deus pelo modo como ele nos criou , não precisamos impressionar as pessoas. Elas verão nosso valor e nos amarão por aquilo que somos de fato ( ver Pv 18.12; Fp 4.11, 12 ; Hb 13.5 ). Crianças mimadas querem ser vistas e ouvidas e se metem em situações com os quais não conseguem lidar. Davi não se promoveu, mas foi exaltado por Deus.

2 HUMILDADE – Aceitar a vontade de Deus (Sl 131.2)

Sl 131.2 -“Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.”

A comparação com uma criança desmamada é um retrato muito bonito do significado da humildade e da maturidade. As crianças israelitas eram desmamada aos 3 ou 4 anos de idade, um acontecimento que marcava o fim da primeiro da primeira infância. Mas a criança, de modo geral, não desejam ser privadas dos braços carinhoso da mãe e da saciedade que encontram em seus seios, de modo que se sentem rejeitadas. Porém, depois da crise do nascimento, toda criança deve, mais cedo ou mais tarde , ser desmamada e aprender a primeira lição da escola da vida: o processo de crescimento envolve perdas dolorosa que podem levar a ganhos maravilhosos. O termo hebraico para desmamar significa

“completar, amadurecer, tratar com bondade”. As pessoas em processo de amadurecimento sabem que a vida é uma serie de perdas e ganhos e aprende a usar suas perdas de maneira construtiva. A fim de não apenas crescer, mas também se desenvolver, as crianças devem ser capazes de atuar de modo independente da mãe. Isso implica desmamar, ir a escola, escolher uma profissão e, provavelmente, se casar e constituir um novo lar. Deve aprender que existe uma diferença entre a independência física e a emocional de sua família e que essas separação não privam do amor da mãe. O objetivo de Deus é que alcancemos a maturidade emocional e espiritual(1Co 13.11; 14.20; Ef 4.13-15), e por vezes, Deus precisa nos desmamar de coisas boas para nos dar coisas melhores. Abraão teve de deixar sua família e sua cidade, mandar Ismael embora, separar-se de Ló e colocar Isaque sobre o altar. Que desmame doloroso! Jose teve de ser separado do pai e doa irmãos, a fim de ver seus sonhos realizados. Tanto Jacó quanto Pedro TIVERAM DE SER DESMAMADO de sua auto - suficiência e aprender que crer é viver sem tramar. A criança que Davi descreve debate-se e chora, mas, no final, se acalma e aceita o inevitável. Termo descreve o mar que se acalma ou o lavrador que aplana o solo de pois de ará-lo.( Is 28.25). Em vez de ter altos e baixos emocionais , a criança desenvolve reações constantes e uniforme , indicando um passo enorme na busca pela maturidade. A vida bem sucedida implica uma passagem da dependência para a independência e em seguida para interdependência, sempre dentro da vontade de Deus. Aceitar a vontade de Deus nas perdas e ganhos da vida é experimentar uma serenidade interior essencial para que nos tornemos pessoas madura.

3. A ESPERANÇA – A expectativa para o futuro ( Sl 131.3)

Sl 131.3 - Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.

As crianças pequenas não entendem que a decisão da mãe é para o bem dela, pois o desmame as liberta para ir de encontro ao futuro e aproveitá-lo ao máximo. A criança pode querer que as coisas como estão, mas esse é o caminho da imaturidade e da infelicidade. Quando nos debatemos para manter o passado confortável, abrimos mão de um futuro desafiador . No vocábulo cristão, o verbo esperar não tem o sentido vago da expresso “ ah! Espero que sim! “ . Antes, é uma expectativa jubilosa daquilo que o Senhor fará, com base em suas promessas que nunca muda. Como crianças sendo desmamada, podemos nos debater com as circunstancias em que nos encontramos no presente, mas sabemos que toda essa agitação é errada. Essa circunstância são o ventre de dentro do qual nascerão novas bençãos e oportunidade( Rm 8.28)

Uma lei de limites: Plantar e colher – A lei das consequências

 Uma lei de limites: Plantar e colher – A lei das consequências (2Co 9.6-11; Gl 6.7-10)

De todas as leis de limites ( cf. med Gl 6.1-5), uma das mais serias é a de semear e ceifar. Mais cedo ou mais tarde , experimentamos as consequências de nossas ações. Se não a experimentamos no presente, sofreremos de forma multiplicada no futuro. Muitas vezes, um dos cônjuges pode se descontrolar e não sofrer as consequências de seu comportamento. O marido grita com a esposa enquanto ela tenta ser mais afetuosa. Na verdade, o mal ( gritar ) traz coisas boas ( mais afeto) para ele. Ou a esposa gasta demais, e o marido paga pelas consequências, entrando no segundo emprego para quitar as dividas. Mas os males encoberto crescerão ao ponto de arrbentar.

Quando protegemos alguém como na ilustração acima, contrariamos a lei de Deus sobre o semear e ceifar( 2Co 9.6); Gl 6.7-8). Livramos essa pessoa das consequências naturais de seu comportamento errad, permitindo-lhe continuar a comportar-se irresponsavelmente. Nossa atitude é uma doença seria que se chama codependência ( cf meds. Gn 45.1-15);1Sm 15.1-16.1; 2 Sm 1.17-27). Dar cobertura á pessoa irresponsavel não lhe causa nenhuma dor; somente as consequências de seus próprios atos podem fazer isso. PRECISAMOS DEIXAR QUE ELA SOFRA, POIS, DO CONTRARIO, ela acabará sofrendo muito mais na frente quando sua irresponsabilidade crescer e a lei das consequencias pegá-la em cheio( cf.n. Pv 6.9-15).

SENTIMENTOS PERIGOSOS ATÉ ONDE PODEMNOS LEVAR ?

 

( Gn 4.1-16)

SEU MAIOR INIMIGO é aquele que você vê no espelho. Seu maior problema não esta fora, mas dentro de você. Usando o exemplo de um personagem bíblico(Caim). Descrevemos a seguir o que podem  e onde nos levar certos sentimentos perigosos.

1.    Os sentimentos perigosos transpiram dentro da própria família;

2.    Os sentimentos perigosos transpiram ate mesmo na adoração;

3.    Os sentimentos perigosos se agravam quando desprezamos as advertências de Deus;

4.    Os sentimentos perigosos não ficam encoberto e podem passar a futuras gerações

i.      Os sentimentos perigosos transpiram dentro da própria família (Gn 4.1-7). Hoje se diz que o meio corrompe; que a violência é consequência do trafico de droga, da injustiça social, do descalabro dos costumes. Mas Caim e Abel não tinham parentes, amigos ou inimigos. Não havia poluição, desemprego, violência urbana nem sociedade promíscua. O mal estava no coração de Caim. É do coração que procede os maus desígnios. Caim e Abel recebem a mesma carga genética, ouviram os mesmos ensinamentos, cresceram no mesmo Lar, no mesmo ambiente , ouvindo as mesmas historias. Todavia Caim era maligno , hipócrita e amava a si mesmo( 1Jo3.12), e Abel era temente a Deus , servo fiel e O amava. Nesse lar os filhos crescem diferentes, com vocações, corações  e religiões diferentes.

ii.    Os sentimentos perigosos transpiram até mesmo na adoração (Gn4.5-8). A adoração é a maior prioridade da nossa vida. Amar a Deus é o maior  de todos os mandamentos. Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Antes de Deus aceitar o nosso culto, precisa aceitar a nossa vida.Deus esta está mais interessado em quem você é do que você faz.Vida com Deus precede culto e trabalho para ele. CULTO precisa se sincero (em espírito) e bíblico – de acordo com os princípios divinos (em verdade). O culto de Abel era prescrito por Deus.Estabelecia a verdade de um pecador que precisa ter seus pecados expiados. A OFERTA DE Caim é de um adorador auto suficiente.  Abel oferece um sacrifício de sangue, pois sem derramamento de sangue não há remissão de pecados ( Gn 3.21; Hb 9.22). Sua oferta tipificava o sacrifício de Cristo; A de Caim  , o melhor dos esforços humanos. A oferta de Abel foi superior porque foi pela fé; a de Caim para agradar a si mesmo( Hb 11.4). 

iii.   Os sentimentos perigosos se agravam quando desprezamos as advertências de Deus (Gn 4.7). Caim é chamado ao arrependimento, mas endurece o coração. “Porque...se ...(v 6.7) é um apelo de Deus para a razão e um interesse pelo pecado (v. 5) e pela justiça(v.10). Deus avisa, adverte, coloca sinais de alerta na estrada: “ Meu filho não vá, não faça,  não toque, não se misture, não deseje, não se afaste da igreja”. Cuidado! Mas Caim em vez de ouvir a voz de Deus, endureceu ainda mais o coração. EM Vez de fugir do pecado, o consumou. Caim é confrontado por Deus depois de matar Abel, seu irmão, e responde com uma evasiva hipocrisia. Caim em vez de se voltar para Deus, Caim fugiu de Deus e usou mascara para consumar seu pecado:  A da mentira (v.8), da crueldade e da dissimulação.

iv.   Os sentimentos perigosos não ficam encobertos e podem passar a futuras gerações ( Gn 4.9-17). Não há pecado que fique encoberto a Deus (v. 9,10). O que é feito às escondidas na terra é visto pelo céu.  Deus viu Adão e Eva quando comeram do fruto proibido; Deus viu Caim matando Abel;Deus Viu Acã roubando; Deus viu Davi na cama do adultério com Bate-Seba; Deus viu Anananias e Safira mentindo. Deus vê você e eu (Sl 139).

A maldição do pecado é um terrível peso sobre o transgressor(V13). O pecado gera maldição(v.11), desinstala a pessoa (v.12), oprime, esmaga e escraviza ( v.13). Caim não consegue ficar livre da sua memória(v.15) – a marca era um estigma que não deixaria a sua desventura. Alem disso, ele não consegue ter intimidade com Deus(v.16) – ele se retira da presença do Senhor. Ele não se humilha, não chora, não se arrepende. E para onde vai? Vai para o NODE – peregrinação , fuga, exílio.

A semente do pecado que você planta hoje torna-se  uma lavoura maldita amanhã (v.23). A descendência  de Caim viveu nas suas pegadas, Lameque torno-se polígono,  violento e assassino .Enquanto Caim caiu no pecado, Lameque exultou nele. A descendência de Caim se desvia de Deus e se corrompe. Tornou-se uma geração apostatas, de gente devassa moralmente , que embrenhou  no pecado até que Deus olhou do ceu e sentiu sausea e resolveu destruir os pecadores com um dilúvio. Só a parir de Sete é que se comecou a invocar o nome do Senhor(v.26).

COMO SERA A SUA DESCENDENCIA? O QUE VOCE ESTA SEMEADO?